O carro está arder e não há ninguém ao volante E os esgotos entupidos com centenas de solitários suicídios E um negro vento sopra O governo é corrupto E nós estamos demasiado pedrados Com a rádio ligada e as cortinas corridas Estamos presos na barriga desta horrível máquina E a máquina sangra de morte O sol já se pôs E os reclamos luminosos estão com cio E as bandeiras todas mortas no alto dos mastros Foi assim que aconteceu: Os edifícios ruíram sobre si mesmos Mães procuravam bebés Por entre o entulho E puxavam-nos pelos cabelos Era magnífico o horizonte a arder Todo ele metal retorcido que apontava para o céu Tudo purificado numa fina neblina laranja Disse, “Beija-me, meu amor – Estes são realmente os dias do fim” Agarraste a minha mão E caímos Num sonho Ou febre Acordámos uma manhã e caímos um pouco mais De certeza que este é o vale da morte Abri a carteira E estava cheia de sangue em F♯A♯∞, de Godseepd You! Black Emperor, Constellation Records, 1997.
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