Insone

poema de Luigi Anselmi | versão de Manuel A. Domingos

Caímos do sono
como dum cavalo em fuga
que nos abandona na negra
planície da noite.
E vagueamos sem rumo.
E pedimos ajuda aos livros,
que nos acompanham em silêncio
até aos arredores
da próxima cidade…
E no final a luz espalha-se
pelos mesmos aborrecidos caminhos
de onde ontem tentávamos
também inutilmente fugir,
em vão abandonar
para sempre.



em Siete poetas vascos, tradução do basco para o espanhol de Joxemiel Bidador, Pamiela, 2009, p.25