Um jornal é uma colecção de meias injustiças Onde rapazes, quilómetro a quilómetro, Vão apregoando a sua curiosa opinião A milhões de homens piedosos e trocistas. Enquanto famílias atiçadas junto à lareira Festejam uma história francamente aflitiva. Um jornal é um tribunal Onde todos são gentil e injustamente julgados Por uma chusma de homens honestos. Um jornal é uma feira Em que a sabedoria vende a sua liberdade E melões são coroados pela multidão. Um jornal é um jogo Onde um erro dá vitória a certo jogador Enquanto a competência a outro dá a morte. Um jornal é um símbolo; Uma crónica desagradável da vida, Uma recolha de ruidosas tretas Cheias de eternas idiotices, Que há muito vagueiam e são as mesmas Num mundo sem limites. em The Complete Poems, Honeycomb Press, 2011, p. 132 Nota: é conhecida a tradução deste poema, da autoria de Margarida Vale de Gato [publicada no blogue D'ama, 20 de Maio de 2021], e que pode ser lida aqui.
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